Todos os que integrámos o PAD 1245 conhecemos bem os Morros de Salazar, situados a cerca de quinze quilómetros da cidade.
E se bem os conhecíamos, era pelas piores razões.
Quando se falava dos Morros, inevitavelmente se lhes associava um pedido de socorro, para os acidentes que ali aconteciam.
E foram muitos, enquanto o PAD 1245 permaneceu em Salazar.
As consequências eram quase sempre as mais nefastas, pois raramente eles deixavam de ser fatais para quem os sofria.
Verificava-se que, devido à concepção da estrada, os condutores não se davam conta da inclinação que a mesma tinha em longos lanços da encosta dos Morros, aparentando uma inofensiva recta.
Tentando suster a marcha, havia uma utilização excessiva do travão, que a dado momento deixava de ter eficácia devido ao aquecimento.
Quando surgia alguma curva, acontecia o pior.
Um dos que recordo e nos deixou bastante tristes, sucedeu em vésperas de Natal, talvez o de 1968, com um camionista que se dirigia a Luanda.
Tendo parado em Salazar, a meio da tarde, arrancou dizendo que tinha de apressar-se, para chegar a tempo de passar a consoada com a família.
No dia seguinte, Dia de Natal, é chamado o pronto-socorro do PAD para os Morros, onde um camião de mercadorias se tinha despistado.
Era o mesmo camionista.
Fora surpreendido pelo acidente, de forma fatal.
Uma outra experiência dos Morros de Salazar foi vivida pela Família Carvalho e por mim, como seu companheiro de viagem.
Regressávamos de um fim de semana, em Luanda, quando nos apercebemos de uma trovoada à distância, pairando sobre os Morros, que já alcançávamos com a vista.
Entretanto, havíamos passado por um pequeno posto de comércio à beira da estrada, onde muitas viaturas se encontravam paradas.
A experiência de quem andava na estrada, aconselhara a suster a marcha até que a trovoada amainasse, pois sabia da violência das tempestades tropicais.
Coisa que nós não fizemos.
A certa altura estamos com a tempestade sobre nós, com relâmpagos e trovões constantes, duma violência indescritível, ao mesmo tempo que se abate uma carga de chuva, que parecia o dilúvio.
A condução teve de fazer-se com a janela aberta, em marcha muito lenta, orientando-se o Chefe Carvalho pela berma da estrada, pois os limpa-párabrisas não conseguiam tornar visível a estrada, devido à intensidade da chuva.
Quando finalmente nos livrámos da tormenta e chegamos a Salazar, parecia ter decorrido uma eternidade.A experiência foi aterradora, não me custando dizer que, ao sair do carro mal me sustinha de pé.
E se bem os conhecíamos, era pelas piores razões.
Quando se falava dos Morros, inevitavelmente se lhes associava um pedido de socorro, para os acidentes que ali aconteciam.
E foram muitos, enquanto o PAD 1245 permaneceu em Salazar.
As consequências eram quase sempre as mais nefastas, pois raramente eles deixavam de ser fatais para quem os sofria.
Verificava-se que, devido à concepção da estrada, os condutores não se davam conta da inclinação que a mesma tinha em longos lanços da encosta dos Morros, aparentando uma inofensiva recta.
Tentando suster a marcha, havia uma utilização excessiva do travão, que a dado momento deixava de ter eficácia devido ao aquecimento.
Quando surgia alguma curva, acontecia o pior.
Um dos que recordo e nos deixou bastante tristes, sucedeu em vésperas de Natal, talvez o de 1968, com um camionista que se dirigia a Luanda.
Tendo parado em Salazar, a meio da tarde, arrancou dizendo que tinha de apressar-se, para chegar a tempo de passar a consoada com a família.
No dia seguinte, Dia de Natal, é chamado o pronto-socorro do PAD para os Morros, onde um camião de mercadorias se tinha despistado.
Era o mesmo camionista.
Fora surpreendido pelo acidente, de forma fatal.
Uma outra experiência dos Morros de Salazar foi vivida pela Família Carvalho e por mim, como seu companheiro de viagem.
Regressávamos de um fim de semana, em Luanda, quando nos apercebemos de uma trovoada à distância, pairando sobre os Morros, que já alcançávamos com a vista.
Entretanto, havíamos passado por um pequeno posto de comércio à beira da estrada, onde muitas viaturas se encontravam paradas.
A experiência de quem andava na estrada, aconselhara a suster a marcha até que a trovoada amainasse, pois sabia da violência das tempestades tropicais.
Coisa que nós não fizemos.
A certa altura estamos com a tempestade sobre nós, com relâmpagos e trovões constantes, duma violência indescritível, ao mesmo tempo que se abate uma carga de chuva, que parecia o dilúvio.
A condução teve de fazer-se com a janela aberta, em marcha muito lenta, orientando-se o Chefe Carvalho pela berma da estrada, pois os limpa-párabrisas não conseguiam tornar visível a estrada, devido à intensidade da chuva.
Quando finalmente nos livrámos da tormenta e chegamos a Salazar, parecia ter decorrido uma eternidade.A experiência foi aterradora, não me custando dizer que, ao sair do carro mal me sustinha de pé.
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